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terça-feira, 14 de maio de 2013

Justiça americana condena médico por assassinatos de bebês


O médico americano Kermit Gosnell  de 72 anos, acusado de matar bebês em procedimentos de aborto tardios foi condenado por três assassinatos. O médico porém foi absolvido  do assassinato de um quarto bebê e  declarado culpado pelo assassinato culposo de uma paciente adulta, que morreu por uma overdose de medicamentos. Ele mantinha uma clínica em Filadélfia, no Estado da Pensilvânia.
O caso se tornou um marco sobre o debate sobre o aborto nos Estados Unidos. A Promotoria pede a pena de morte para o médico.
Membros da equipe que trabalhavam na clínica afirmaram à Justiça que o condenado praticava regularmente abortos tardios. Embora o aborto seja permitido na Pensilvânia, ele só pode ser feito legalmente até os primeiros 24 meses de vida do feto. O médico provocaria os abortos após esse prazo e mataria os bebês com golpes de tesoura. Ele teria cometido os crimes na companhia da mulher, Pearl que está presa pelas mesmas acusações, a espera de uma sentença.
A Promotoria afirmou que Gosnell administrava uma “casa dos horrores”, com uma equipe desqualificada. Funcionários da clínica teriam sido responsáveis por administrar uma dose letal de sedativos a Karnamaya Mongar, uma refugiada do Nepal de 41 anos. Segundo a defesa a morte da paciente ocorreu por causa de “complicações”.
Inicialmente divulgado apenas por meios de comunicação locais, o caso na Filadélfia ganhou contornos nacionais depois que uma intensa campanha em redes sociais acusou a grande imprensa de ignorar o julgamento por razões ideológicas.
A partir de então, o caso tem ganhado as manchetes dos principais jornais e redes de TV dos EUA, em um momento em que vários Estados vêm adotando leis mais rígidas em relação ao aborto.
Diante desse cenário, os detalhes gráficos apresentados no julgamento, iniciado em 18 de março, vêm sendo usados por grupos contrários ao aborto para reivindicar medidas ainda mais restritivas.
“Este caso está mostrando, de uma maneira que ninguém pode negar, a brutalidade do aborto”, disse a ativista Lila Rose, em entrevista à BBC Brasil ,  fundadora do grupo pró-vida (contra o aborto) Live Action.
“É apenas o começo”, diz a ativista, que nas últimas semanas tem postado na internet vídeos gravados clandestinamente em clínicas de aborto. “Queremos que todos os médicos que praticam abortos tardios sejam investigados e processados.”
Oito funcionários da clínica já se declararam culpados de acusações relacionadas ao caso. A defesa diz que todos os fetos estavam mortos quando retirados do útero.

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